Brechó: a moda circular que faz a economia girar e a sustentabilidade ficar!
O nome "brechó" foi inventado no Brasil e se trata de uma loja onde se vende de tudo um pouco: roupas, bolsas e sapatos usados. Todos bem conservados. O brechó é como a natureza: nada se perde, tudo se transforma. Conheça as origens do brechó, onde a moda circular faz a economia girar com sustentabilidade!
Nos brechós existem peças reutilizadas, recicladas ou recuperadas de acordo com as regras da moda circular!
O brechó, seja uma loja física ou virtual de peças já usadas, mas conservadas, faz parte da economia circular, inspirada em mecanismos iguais aos ecossistemas. Ou seja, na natureza os processos de reabsorção são contínuos e obedecem ao movimento circular, diferente dos sistemas lineares onde há princípio e fim.
A economia circular é uma ótima oportunidade que as indústrias têm para reduzir suas emissões de "Gases de Efeito Estufa" (GEE), conhecidas como “pegada de carbono”. Momento igualmente propício para a aquisição dos créditos de carbono, como ja faz a Greenco e outras empresas conscientes. Por sua vez, na economia linear, a escassez - ou extinção - dos recursos é uma questão de tempo, devido à sua alta volatilidade. O método se tornou ultrapassado.
Assim, o brechó e seus similares passaram a ser a melhor opção - principalmente nos dias atuais - para manter o movimento circular da economia. Conheça mais sobre essa forma responsável de sustentabilidade.
Origem e curiosidades do brechó
- O brechó tem as mesmas características dos “mercados das pulgas” e os “bazares”.
- A palavra "brechó" é, genuinamente, brasileira e foi inventada em homenagem a um comerciante chamado Belchior que, no século XIX, abriu a primeira loja do Rio de Janeiro de produtos usados.
- Sua propaganda era no estilo “boca-a-boca” e o sucesso foi tanto que a "Loja do Belchior" virou "brechó".
3 tipos tradicionais de brechós:
- Brechós que trabalham com peças de arte vintage e/ou arte retrô (se não conhece a diferença, clique aqui).
- Brechós de luxo que trabalham com marcas importadas e nacionais de grandes grifes.
- Brechós que trabalham com roupas, sapatos e bolsas bem conservados e com griffes menos badaladas.
Um mito recorrente que rola na venda de peças usadas
As pessoas mais supersticiosas acreditam que as peças que antes foram usadas por outras pessoas, retêm energias negativas. A teoria, claro, não procede porque, se assim fosse, as pessoas que vivem de doações, estariam sempre fadadas ao azar ou ficariam doentes depois de usar uma roupa que foi de outra pessoas.
Se, por acaso, esse lance da "transmissão de energia negativa" fosse levado a sério, seria coerente presumir que as roupas fabricadas pela indústria da moda "fast fashion" carregariam carga energética ruim porque nem todas respeitam as regras do Fair Trade (Comércio Justo).
Veja os outros tipos semelhantes ao brechó que fazem sucesso no mundo
Mercado de Pulgas
O primeiro “marché aux puces” no mundo surgiu nos subúrbios de Paris. Eram grandes mercados ao ar livre, repleto de bancas, vendendo variados produtos usados de boa qualidade. O nome foi devido às pulgas que infestavam os mercados antigamente. Os “flea market” situados nos Estados Unidos, também atraem artistas famosos e aqueles que querem ascender na carreira. Grande oportunidade para a exibição de seus trabalhos bem no estilo wearable art.
Garage Sale
Esse tipo de venda de artigos de segunda mão é o favorito dos americanos. Os artigos são vendidos no jardim em frente de suas casas, na garagem, quintal ou no salão de festas, se for num prédio. Momento oportuno para desovar toda a tralha de boa qualidade existente na casa!
Bazar
O espaço para montar um bazar, geralmente, é pequeno. O bazar é mais comum em escolas, entidades de caridade, hospitais, igrejas, associações filantrópicas ou em clubes de serviço, como Rotary e Lions. O dinheiro arrecadado da venda nos bazares pode ser destinado a obras de caridade. Outra opção que pode acontecer num bazar é a troca entre os interessados. Nas escolas, o bazar pode ser destinado somente para trocas entre os estudantes, como de brinquedos, livros, materiais escolares, gibis, roupas, jogos de tabuleiro, figurinhas, cards, etc.
Pronto. Agora que você está por dentro das origens de um brechó e dos outros tipos de venda de artigos usados, chegou a hora de botar a mão na massa...
Dicas para melhor administrar seu brechó:
- Criatividade é a palavra-chave. Ser diferente faz a diferença. Invista no marketing virtual da sua loja nas redes sociais e na propaganda boca-a-boca..
- Capriche nas fotos dos seus produtos. Peça a colaboração de quem é "craque" no assunto.
- Ofereça formas de pagamento variadas para atrair o cliente que nem sempre tem grandes posses.
- Faça promoções com ofertas especiais para que a galera indecisa não perca tempo, porque o lance é a promoção com tempo limitado.
- Facilite as compras mais caras, oferecendo parcelamento e divulgue que seu frete é de graça (se a compra foi virtual), mas se o cliente quiser, pessoalmente, ir buscar a mercadoria, reduza o preço (se puder fazer essa graça, claro).
Estratégias para manter seu brechó no topo das vendas:
- Conheça seus concorrentes e procure saber o que está dando certo e o que está dando errado em suas vendas.
- Anuncie seu negócio junto aos amigos e os convide não somente para comprar seus artigos, como para fazer doações.
- Se o brechó for físico, arranje um espaço legal e de fácil acesso. Divulgue a variedade e a qualidade de suas peças, dando ênfase à higiente do ambiente.
- Se seu brechó for virtual, seja pontual na entrega das peças compradas. Atrasos podem pegar mal para a sua loja.
- Peça aos seus colaboradores que ajudem na divulgação de seu brechó.
- Faça cursos (online ou presencial) sobre vendas e esteja sempre antenado para as novidades do setor, como legislações existente e as novidades, etc.