Arte é também para vestir e para ajudar! Conheça a "wearable art"!

O termo "wearable art", famoso no mundo da moda, quer dizer, literalmente, "arte para se vestir". Além de ser moda, significa oportunidade de trabalho para quem tem criatividade. Conheça um pouco dessa atividade que contempla as pessoas e a natureza!  


A  wearable art surgiu nos anos 60 em protesto à fast fashion! 

Na década de 50, a cultura de consumo em massa foi intensificada, graças às novas tecnologias de produção.

A máquina de costura fortaleceu a moda prêt-à-porter ("pronto para vestir"). Nesse embalo, as donas de casa entraram na onda e passaram a "copiar" o seu modelo predileto, sem ter que gastar muita grana!

Em outras palavras, essa moda chique que não só vestia a classe alta, mas também, a média. Quem se lembra das velhas revistas alemãs, Burda, que vinham com o molde (ou figurino) encartado? 

Assim, a criação do figurino passou a ser atemporal, formando um mix de artesanato e outras artes manuais.  Liberdade total para criar fora de padrões  engessados, intimistas e monopolistas! 

Feiras que estão bombando no planeta!

  • World of Wearbale Art: foi transferida para Wellington, por causa do enorme sucesso. Acontece desde 1987

  • seARTS: rola desde 2000 e é uma espécie de cooperativa de artistas de wearable art.  A badalação é tanta, que o número de artistas inscritos já passsa de 3.000 por ano em cada atividade!

Outras feiras de wearable art:

  • Portland Oregon Trashion Collective, Junk to Funk: trata-se da criação de peças de vestuário vinda do lixo coletado em marinas, que ficou conhecido como “Trashion”.
  • TV Bra for Living Sculpture: o título criado a partir de um evento no Nam June Paik de 1969, quando Charlotte Moorman tocou violoncelo, enquanto usava um sutiã feito de dois pequenos tubos de televisão.
  • Electric Dress: a feira surgiu da ideia de um kimono de casamento feito de uma tela colorida - tipo rede - eletrificada e com lâmpadas pintadas e entrelaçadas por fios. Essa parada muito doida, foi criada pela artista japonesa, Atsuko Tanaka.
  • Garments for Forced Intimacy: feira de roupas tricotadas à mão, feitas para o uso de 2 pessoas simultaneamente (tipo siamês). O nome sugere intimidade, porque a mesma peça de roupa vai ser usada pelo casal.

 A museóloga americana, Julie Schafer, deu mais moral para wearable art, depois que inaugurou em Nova York, na Madison Avenue, a Artisans’ Gallery. No Brasil, o movimento da wearable art foi trazido por Liana Bloisi que, em 1988, o batizou de “rouparte!”

Assim, o conceito de wearable art é muito mais vasto do imaginamos! Nesse movimento, a arte é ampla e sem limites, pois enfeita e ajuda!

Por sua vez, a artesã Beth Williams deixou um depoimento legal sobre a transformação do lixo recolhido nas praias: "Eu sabia que se observasse melhor em locais inusitados, encontraria inspiração. Com os diversos tamanhos e formas de vidro e plásticos achados no mar, poderia transformá-los em wearable art! Durante muitos anos, tenho achado vidros e garrafas na praia e passei a imaginá-los como arte...!" A imagem acima, retrata bem a arte de Beth.

A wearable art está presente na maioria das marcas do mundo, assim como na GREENCO!