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O ruído no oceano, poucos sabem, afeta o ecossistema marinho mais do que se imagina. Se não for monitorado com mais eficiência e as pessoas não se conscientizarem do mal que a poluição sonora faz para os animais marinhos, o impacto negativo será pior. Veja o que você fazer para resolver esse problema grave. Leia mais.

O ruído no oceano é tão nefasto para o mundo marinho como os plásticos, os metais e os materiais tóxicos!

O aumento gradativo da poluição sonora nos mares do planeta está ligado principalmente às atividades humanas que provocam barulho acima do limite suportado pelos animais marinhos.

Esse problema é grave a afeta bastante a sustentabilidade do bioma marinho.

O ruído no oceano não só afeta a audição dos animais marinhos, como é responsável por problemas psicológicos e reprodutivos, além de baixar o sistema imunológico e provoca distúrbios comportamentais. Para piorar, os peixes e crustáceos diminuem sua capacidade de ecolocalização, afetando suas rotas de migração e, por fim, o pior: às vezes morrem porque ficam encalhados nas praias.

Outros exemplos dessa triste “algazarra sonora em alto mar” 

Alguns animais marinhos usam "chamadas" específicas durante a procriação ou a desova. As larvas de peixes, por exemplo, seguem o som para encontrar um lugar para se estabelecer.

Algumas baleias e golfinhos realizam a ecolocalização para perceber o ambiente a sua volta e outras necessidades.

Os cetáceos emitem pulsos ultrassônicos de frequência variável pela laringe e captam o eco por meio de suas mandíbulas. Usam a ecolocalização para se orientar, acasalar, encontrar alimento. Por fim, dependem do som para comunicar com suas companheiras e para localizar suas presas.

Debaixo d'água o som percorre distâncias enormes

Qualquer som, quando nas profundezas marítimas, reverbera muita mais do que na superfície. Há evidências de encalhes em massa de baleias porque elas foram feridas em suas estruturas auditivas.

Um estudo, intitulado, Marine Seismic Surveys and Ocean Noise- Time for Coordinated and Prudent Planning, demonstrou como é daninho o ruído no oceano para o bioma marinho. Um dos piores sons é oriundo das pesquisas sísmicas, que se utilizam de ondas sísmicas para prospecção de petróleo no fundo do mar. Para se ter uma ideia do estrago, essas pesquisas atingem uma média de 230 decibéis (dB), ao passo que um show de rock pauleira atinge entre 105 dB e 120 dB. 

Urge, portanto, o desenvolvimento e aplicação de estratégias eficazes para a redução drástica do excesso de ruído do oceano provocado por várias fontes. Leis e regulamentos rígidos são os únicos dispositivos que podem restringir o excesso de ruídos produzidos pela ação humana no oceano.

As maiores fontes de poluição sonora nos oceanos provocada pela ação humana, são:

• navegação comercial e turística

• navegação submarina

• sistemas de sonar 

• pesquisas sísmicas

• perfurações offshore (com explosivos)

• exercícios militares

• construções subaquáticas

Afinal, qual é a definição clássica de ruído?  

Um ruído pode ser definido como qualquer som estridente que não faz bem aos ouvidos de qualquer ser vivo. Dependendo do tempo de audição, o efeito do barulho é a irritação com diversas consequências de ordem psicológica e até física. 

4 tipos de ruído:

1. Contínuo: constante e estável durante um determinado período de tempo.

2. Variável: opera de diferentes fontes e muda a tonalidade com frequência.

3. Intermitente: silencioso e barulhento no mesmo período de tempo.

4. Impulsivo: estridente e insuportável porque é alto e curto, durando menos de um segundo.

Impacto na pesca

O ruído no oceano, se constante e intenso, também prejudica a pesca, porque algumas espécies de peixes param de trafegar pelas rotas habituais e, às vezes, se perdem em novas rotas, o que resulta em morte certa. Esse problema também afeta à pesca, refletindo na economia local e nos sustento das comunidades que vivem da pesca. 

O que pode ser feito para reduzir o ruído no oceano?

Além de leis mais rígidas, sejam locais, estaduais, nacionais e internacionais, é importante a conscientização geral do problema nos moldes das campanhas contra o lixo no mar que devem ser implementadas o ano inteiro. 

7 formas de colaboração visando reduzir o ruído no oceano:

1. Escolha embarcações mais silenciosas: considere motores elétricos ou híbridos que produzem menos ruídos e emissões.
2. Compre produtos nacionais: diminua a dependência de itens enviados em navios de carga do exterior, além de ajudar a diminuir a pegada de carbono. 
3. Promova somente pescas responsáveis: incentive práticas de pesca sustentável que também ajuda a minimizar o uso de equipamentos e motores barulhentos.
4. Apoie as áreas marinhas protegidas: defenda a criação e a expansão de áreas marinhas protegidas que podem oferecer refúgios seguros para a vida marinha onde o som é natural. 
5. Apoie organizações ativistas contra o ruído no oceano: participe do ativismo positivo que se preocupa com o ruído no oceano provocado pela ação humana.
6. Fortaleça as políticas públicas com sugestões efetivas: colabore sugerindo políticas eficazes e eficientes no combate contra o ruído do oceano. Use sua criatividade construtiva!
7. Ajude a promover alianças com setores públicos e privados: ajude a recrutar entidades públicas e privadas que possam unir as forças de várias maneiras como cessão de pessoal qualificado ou colaboração financeira. 

Conclusão

Como você viu, os impactos negativos do ruído no oceano na população marinha é pesado e tem consequências terríveis. O ruído no oceano é capaz de expulsar as espécies marinhas de seus habitats, prejudicando sua comunicação e, consequentemente, sua capacidade de se alimentar, de reproduzir e até de evitar os predadores. Assim, a poluição sonora é um problema sério e que poucos têm noção da sua gravidade. Ações conjuntas devem ser tomadas o quanto antes, evitando um mal maior no bioma marinho e no meio ambiente como um todo. Faça sua parte. A natureza agradece.