Os fungos se comunicando com o homem. Revolução no meio ambiente?

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Os fungos emitem sinais elétricos inteligentes. Essa descoberta pode mudar muitos conceitos sobre sustentabilidade e a forma do homem tratar o meio ambiente. Já imaginou uma pessoa recebendo dicas diretamente de um ser da natureza? Essa revolução pode acontecer mais cedo do que se espera. Leia mais.

Os fungos mais conhecidos popularmente são os cogumelos, bolores, lodo, mofo e as leveduras. 

O grande potencial de processamento de informações dos fungos foi descoberto num experimento de laboratório, quando foi detectado um impulso elétrico de um tecido de cânhamo colonizado por fungos.

A experiência comprovou que os fungos conseguem "sentir" uma gama variada de estímulos externos como a luz, a temperatura e a presença de outras substâncias químicas. 

Tais atributos dos organismos do Reino Fungi é mais um ativo importante que vai turbinar ainda mais as roupas inteligentes!

Fungos tornando roupas inteligentes mais inteligentes! 

Os fungos são matéria-prima na produção de tecidos inteligentes e aparelhos eletrônicos, como computadores e celulares.

Os dispositivos eletrônicos mais sofisticados precisam de circuitos sensíveis para executarem suas funções mais complicadas. Conectados aos fungos, essas funções se tornam simples, ou seja, não importa, o quão complexo é o sistema. Os fungos racionalizam o problema.  

Um artigo intitulado "Fungos Reativos Vestíveis", apresentado no Biosystems, mostrou um estudo feito com o fungo "Pleurotus ostreatus" que revelou sentir os estímulos ambientais com maior rapidez nas respostas. Concluiu-se que o papel desse e de outros fungos é similar ao de um biossensor de alto nível que pode discernir estímulos químicos, mecânicos e elétricos.

Os fungos produzem esporos em estruturas específicas que são conhecidos como "basídios".  Ao contrário de outras espécies, os esporos podem sobreviver em áreas externas, diferente, por exemplo do bolor.

Essa possibilidade abre outras frentes para eventual aplicação da inteligência dos fungos em situações até ainda inéditas, como futuras habitações da Lua ou em Marte.

Um dos objetivos emergentes da Agência Espacial Americana, NASA, é a construção de bases na Lua e Marte. Já se decidiu que os esporos serão utilizados, pois são perfeitos na construção de ambientes vivos, econômicos e auto-sustentáveis. 

Para um técnico especialista da NASA, "Pense na construção de em escolas, escritórios e hospitais que estão crescendo, regenerando-se e morrendo num ambiente hostil como na Lua ou Marte. Seria o auge da vida sustentável!".

Computadores biológicos: outra aplicação à base de fungos 

Para a fabricação de um computador biológico, já se conhece a matéria-prima:  trata-se do cogumelo ostra-rosa que, além de suplantar a capacidade das máquinas quânticas, pode ser mais potente que o cérebro humano!

O cogumelo-ostra-rosa emite disparos elétricos similares às sinapses do cérebro humano.

Uma das propostas dos pesquisadores é, a partir desse ponto, dar início a um processo de "comunicação" com os fungos. As chamadas "sinapses fúngicas" permitirão decifrar o idioma empregado pelos fungos. A alternância e a intensidade dos picos sinápticos é que determinam o padrão da linguagem.

Parece ficção científica, mas não é!

Por enquanto, as técnicas da neurociência usadas para medir o potencial das sinapses no cérebro humano não são suficientes para uma decodificação conclusiva. Mas o caminho está traçado. 

Depois de definido o padrão de linguagem e entendimento inteligível, surgirão os computadores ambientais. 

Já pensou, em futuro próximo, você usando seu laptop com um microprocessador feito de fungos, capaz de "falar" com a natureza? 

O objetivo dos computadores à base de fungos, segundo os pesquisadores, não será a substituição dos processadores de silício, mas "usados como uma espécie de sensor ambiental, captando as alterações climáticas e do meio ambiente, oferecendo alternativas para sanar tais impactos, além de outras utilidades importantes."

Outros benefícios dos computadores ambientais feitos com redes fúngicas:

  • Monitorar as grandes quantidades de fluxos de dados ambientais como parte de sua atividade diária.

  • Traduzir com informações precisas, as agressões aos ecossistemas, fornecendo ações concretas para sanar o problema. 

As primeiras comunicações via fungos, foram detectada pelo cientista da computação Andrew Adamatzky, da Universidade do Oeste da Inglaterra no Reino Unido. Ele conseguiu decodificar 50 "palavras" produzidas por uma rede de fungos. Em outras palavras, os zumbidos elétricos emitidos pelos fungos possuem um significado lógico como se fosse uma linguagem. A descoberta poderá ser uma revolução pois revelaria muitos "segredos" ainda guardados pela natureza. 

Parceria na natureza

Prova natural que os fungos "conversam": as árvores precisam deles para transportar suas proteínas às plantas necessitadas.

As árvores melhor situadas na floresta pedem ajuda aos fungos para poder ajudar outras árvores que estão na sombra, por exemplo.

Em gratidão, por terem recebido ajuda dos fungos, as árvores retribuem e lhes transferem açúcares e ácidos graxos.    

A conclusão óbvia dessa fabulosa e inédita descoberta:

A decodificação e a utilização dos sinais elétricos inteligentes emitidos pelos fungos é uma das maiores descobertas do homem em todos os tempos. O momento é significativo porque poderá dar início a um processo de comunicação inédita entre humanos e natureza!

E os resultados dessa "conversa" poderão representar os primeiros insights que mostrarão segredos da natureza ainda desconhecidos pelo homem! É tempo de conexões!

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