Co-living: renovado o conceito de comunidade na Era Digital!

Co-living ou “co-habitação” é um conceito de moradia compartilhada, onde existe integração de pessoas conscientes que dividem o mesmo espaço, trocando experiências e respeitando a natureza. 

Um dos principais focos do co-living é compartilhar ideias sustentáveis, protegendo e preservando a natureza. 

Co-living é tendência mundial que renova o conceito de comunidade, pois agora os sistemas digitais são também protagonistas e reforçam a conexão das pessoas em todos os setores!

As comunidades projetadas nos moldes do co-living, são produtivas porque, de forma solidária, promovem o compartilhamento de atitudes, tanto com relação à natureza, quanto ao bem-estar mútuo. 

O projeto co-living é simples e objetivo. As demandas variam de acordo com o tamanho das moradias compartilhadas. A planta-padrão é, porém, comum a todos. Os ambientes são similares em termos de estrutura, como a cozinha, lavanderia e salas de estar comunitárias. Algumas residências compartilhadas já expandiram para espaços reservado ao co-working, restaurante, salão de festas, biblioteca e cinema. Nos espaços externos, ficam a horta orgânica e jardins, além de playground.

A administração do co-living é gerenciada por conselhos. Nestes são distribuídas as tarefas, de acordo com áreas específicas. Em outras palavras, o gerencimento é uma espécie de governança coletiva, formada por um conselho de síndicos. 

No co-living moram pessoas de todas as idades, desde aposentados, casais maduros, jovens, profissionais e autônomos, além dos "nômades digitais". 

No co-living, todos comungam os mesmos princípios com mente aberta e consciência solidária, garantindo a harmonia dos espaços compartilhados.

5 fundamentos básicos do movimento co-living:

  1. Comunidade harmoniosa - A aproximação de pessoas e a troca de ideias geram confiança recíproca e compartilhamento de responsabilidades.

  2. Economia de recursos naturais - Praticar a educação ambiental comunitária é objetivo comum de todos os moradores.

  3. Divisão de decisões e tarefas - A descentralização das tarefas, gera o respeito mútuo nas decisões conjuntas. O conselho de administração é formado por voluntários.

  4. Planta-Padrão do prédio -  O espaço do co-living é projetado com placas solares, sistemas de reaproveitamento de água e outras modalidades visando a economia de recursos naturais.  

  5. Solidariedade e Responsabilidade - Se, por acaso, um morador chega mais tarde ou precisa se ausentar por alguns dias, suas atribuições serão compartilhadas até seu regresso. 

co-living em alguns países:

Dinamarca

A moradia coletiva tem suas raízes dinamarquesas, a partir das cooperativas de habitação familiar dos anos 60. Esse arranjo ficou conhecido por moniker, ligeiramente diferente do co-living, mas igual em essência. Ou seja, a ideia estrutural é a mesma, como a habitação conjunta, plantando seu próprio alimento e cuidando de outras responsabilidades. A maior mudança foi a facilidade digital destes tempos.

Inglaterra

Em Londres, a moda está se expandindo, pois os adeptos do co-living pagam um aluguel mensal relativamente baixo (em torno de mil libras/mês). Aos poucos, o projeto está sendo também implantado nos arredores da capital britânica. A tendência é o sistema "viralizar" na chamada Europa Ocidental.

Alemanha

Em Berlim existe a “Quarters”, empresa especializada em co-living que possui filiais em Nova York e Chicago. Recentemente, foi anunciado um aporte de US$ 1 bilhão para construir em outros locais dos Estados Unidos e Europa. O slogan da empresa é “vender um estilo de vida de sonho ao trabalhador moderno, flexível e criativo que se despediu da mesa de trabalho!”

Para Hannah Wheatley, pesquisadora de habitação e terrenos da New Economics Foundation, "co-living ressurge num momento certo, onde os empreendedores podem tirar proveito de um mercado habitacional já superado.". 

Com o advento da Internet, há quase 22 anos, teve início a "Era da Solidão" que, nos dias atuais, se agravou com a pandemia. O co-living pode reverter esse quadro e reunir as pessoas integradas num mesmo ambiente e com objetivos comuns.

Seria este o começo de uma nova "Era das Comunidades"?

Vidas conectadas que visam fortalecer os princípios ecológicos, morais e éticos, fazendo valer a velha máxima: "a união faz a força", como no caso do formigueiro, onde tudo funciona de forma organizada, disciplinada e ordenada.

Co-living é sinônimo de convivência harmoniosa que acontece num ambiente onde as pessoas compartilham o mesmo espaço, princípios e experiências.

Ganham os arquitetos e outros profissionais que colocam a interação das pessoas como passo fundamental na recriação de um mundo melhor para as pessoas desta e das próximas gerações.