Reciclagem de metais é mais difícil, porém é necessária e vital!

Metais descartados liberam gases perigosos para a saúde e para o meio ambiente. A reciclagem é um problema complicado, porque é cara. Mas, aos poucos, grandes fábricas vão se dando conta do problema e a situação vai se normalizando. Saiba como esse problema pode ser amenizado.

A reciclagem de metais é mais complexa e mais cara do que a reciclagem de plástico, papel, pneu e vidro

Os metais podem levar centenas ou até milhares de anos para sumir. O alumínio, por exemplo, só desaparece totalmente após 100 a 500 anos do seu descarte! 

"O modismo depende da fabricação constante de equipamentos eletrônicos que, por isso mesmo,  aumenta exponencialmente! Ou seja, fora de qualquer previsão!" 

Quando o cara quer "ficar na moda", não tem essa de esperar que o seu aparelho fique velho ou estrague! E o seu destino é o lixo, quando não é abandonado numa gaveta, doado ou vendido. Essa "doença" dos tempos atuais, incentiva a atualização constante dos celulares, tablets, computadores, TVs e outros equipamentos! A melhor solução seria a reciclagem desses aparelhos! 

Após o desmonte do equipamento, segue a seleção dos seus componentes:

  • Carcaça: é triturada e separada de acordo com a sua densidade. Os resíduos podem ser vendidos para empresas que utilizam seus polímeros. Outras alternativas: incineração para a geração de energia ou serem transformados em outros objetos de plástico. 

  • Vidro: encontrado em telas de celular e monitores. Após seleção por tipo de vidro, passam por um processo de moagem e tratamento. Como o vidro contém componentes tóxicos, como chumbo e arsênio, pode ser vendido para empresas, onde será matéria-prima na fabricação de outros aparelhos.

  • Bateria: após seu recolhimento - mais cuidadoso, por causa de sua toxidade - é enviada às empresas especializadas. Seu material tóxico é armazenado em tanques preparados que servirá de matéria-prima na fabricação de novas baterias.

A reciclagem de metais varia de acordo com o tipo de material

    Tipos de reciclagem de metais: 

    1. Reciclagem mecânica: o primeiro passo consiste na redução do volume da sucata metálica a ser reciclado. Depois, ele é fragmentado através da britagem e moagem. Na sequência, os resíduos passam por peneiras ou classificadores mecânicos, de acordo com sua granulometria. A separação é feita por densidade magnética, quando são divididos os fragmentos magnéticos dos não magnéticos.
    2. Reciclagem química: trata-se da extração dos metais, através do processo chamado de “lixiviação”, que é a solubilização dos constituintes químicos do metal ou mineral, pela ação de um fluido específico, que facilita a operação.
    3. Reciclagem térmica: esse tipo de reciclagem converte os metais em diferentes estados de pureza, ao passarem por altas temperaturas. O sistema exige alto gasto de energia para incinerar as placas e obter um metal concentrado que segue para outro processo de separação: a eletrostática.

    As latinhas de refrigerantes ou cervejas, lideram o processo de reciclagem de metais, cuja taxa chega a 98%!

    Ao criar um círculo virtuoso na reciclagem de metais, estaremos fortalecendo a economia circular. Esse princípio vale tanto na reforma dos modelos usados por outros clientes, como também na extração dos componentes internos que serão reciclados. É uma espécie looping: nada se perde, tudo se cria!

    Na reciclagem de metais, esses são classificados em dois grupos:

    • Ferrosos: ferro e aço, que têm seu potencial de contaminação da natureza reduzido ao longo do tempo.

    • Não ferrosos: cobre, alumínio, níquel, chumbo e zinco, de deterioração longa, portanto, prejudiciais ao meio ambiente. 

    Na mineração, o descarte desordenado de metais pode ser um dos responsáveis pelos desastres ambientais!

    A ganância, principalmente dos empresários de multinacionais da mineração, pode resultar em tragédias ambientais e humanas: 

    • destruição da vegetação da área ao redor;

    • poluição de rios com produtos químicos usados na extração;

    • poluição do ar com a queima do mercúrio usado na extração de vários tipos de minério;

    • evasão da fauna da área de extração;

    • risco de rompimento de barragens;

    • risco de contaminação da população que vive nos arredores;

    • poluição sonora.

    *Por Marco Aurélio Gomes Veado: PENSE MAIS VERDE