Participe da campanha mundial para a redução do desperdício de alimentos!

O dia 29 de setembro foi escolhido pela ONU para ser o “Dia Internacional da Conscientização Sobre a Perda e Desperdício de Alimentos”. Para tanto, foi desenvolvida uma plataforma que facilita as ações que intensificam a luta contra esse mal que tanto afeta a população mundial e o meio ambiente!  

A plataforma criada pela Organização para Alimentação e Alimentação (FAO) reúne a maior coleção de dados online sobre os alimentos que são desperdiçados e sua origem

Em outras palavras a “Plataforma Técnica de Medição e Redução de Perda e do Desperdício de Alimentos” é uma ferramenta que reúne informações sobre medição, redução, políticas, alianças, ações e exemplos de modelos que deram certo na redução do desperdício de alimentos em todo o mundo. 

Em 2014, a FAO definiu os termos do programa ao classificar “perda de alimentos” como redução não intencional de alimentos disponíveis para o consumo humano que resulta de ineficiência na cadeia de produção e abastecimento; infraestrutura e logística deficiente; falta de tecnologia; insuficiência nas competências, nos conhecimentos e na capacidade de gerenciamento.” 

O descarte mundial de alimentos que poderiam ser reaproveitados, chega a incríveis 30% de tudo que é produzido para o consumo! Ou seja, a cada ano, são jogados fora por volta de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos. Esse volume seria mais do que suficiente para alimentar as mais de 800 milhões de pessoas que ainda passam fome no mundo!”

Dos vários responsáveis pelo desperdício de alimentos, cinco podem levar uma culpa maior:

  • Comerciantes mal informados ou mal intencionados

  • Consumidores irresponsáveis

  • Mídia sem interesse de fazer campanhas para evitar o desperdício

  • Alimentos vencidos nas prateleiras que vão desaguar na lixo, sem critério algum

  • Compras em excesso, sem planejamento, tanto da parte do comerciante, quando do consumidor


Assim como nas empresas, hotéis, restaurantes, centrais de abastecimento e até no ambiente doméstico, o nível de conscientização ainda está aquém do desejável. Esse é outro objetivo da plataforma: divulgar o problema em todos os setores, sem distinção. 

Segundo os estudos realizados pela pesquisadora e nutricionista Karen Oliveira, “Uma estratégia que poderia gerar ótimos resultados, seria a implantação de Bancos de Alimentos, tanto nos órgãos públicos, como no setor privado. O objetivo seria a detecção e posterior manipulação dos alimentos deixados de lado pelo varejo devido ao seu baixo valor comercial decorrente de defeitos externos que não atendem aos padrões exigidos para a venda ao consumidor. Contudo, como ainda mantêm seu valor nutricional intacto, poderiam ser redistribuídos para entidades beneficentes que atendem à população carente. Essa seria mais uma alternativa para o combate à fome, garantindo o direito humano à alimentação adequada!”.

Outra estratégia eficiente seria a padronização de um sistema que previna perdas, principalmente no setor privado

No caso de supermercados, restaurantes, lanchonetes, hotéis e empresas, o sistema poderia seguir este fluxo:

  1. Cardápio com ingredientes semelhantes: preparar um menu que leve os mesmos ingredientes, a fim de evitar que itens utilizados em somente um ou dois pratos percam a validade por serem menos requisitados.

  2. Conservação dos alimentos: é essencial que saiba como conservar seu alimento, para, justamente, evitar seu descarte fora de hora. Sua dispensa deve ser um local seco e bem arejado, sem estar exposta ao sol. Limpeza constante, também é super-importante. 

  3. Temperatura correta também conserva e prolonga a vida útil do alimento: para conservar bem o alimento e que este esteja em condição de consumo dentro do seu prazo de validade, a temperatura do seu local de estocagem é fundamental para que não estraguem antes do tempo.

  4. Alimentos aparentemente imperfeitos são alimentos também: deixar de comprar uma determinada comida só porque sua aparência não está boa não quer dizer muita coisa. Só porque a fruta ou o vegetal não têm aparência normal ou esteja amassada ou danificada não quer dizer que perderá seu valor nutricional. Nada disso. Pergunte ao vendedor se o alimento está na validade. Se sim, compre-o. 

Sobre esse último item, uma campanha iniciada na França, chamada de "Inglorious Fruits and Vegetables", vem fazendo sucesso no mundo. Trata-se da conscientização de que não importa a aparência, se estiver na validade, o alimento estará bom para o consumo. 

No setor rural, a plataforma irá ajudar a diminuir os desperdícios, começando na lavoura, na medida que o produtor se prevenir melhor no controle de pragas e doenças. 

A qualidade de frutas e verduras entregues aos supermercados é, muitas vezes, definida no campo, pois a seleção é feita a partir das imperfeições, até pequenas deformidades decorrentes do manejo e do transporte. 

Consumir cascas e sementes é outra ideia interessante, pois pode ser mais nutritivo, qualitativo e ecologicamente mais correto. Essa prática é adotada pelo movimento Gastronomia Responsável, criada pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Segundo a diretora executiva da instituição, assim são também engajados os chefs que são formadores de opinião, mais as comunidades em geral, levando esses conceitos para suas casas e disseminando-os, na medida do necessário.

Com a conscientização todos ganham, desde as pessoas até o meio ambiente, quando os resultados se traduzirão em:

  • mais alimentos disponíveis para os mais vulneráveis

  • redução nas emissões de gases de efeito estufa e da pegada de carbono

  • menor pressão sobre os recursos terrestres e hídricos

  • aumento da produtividade e crescimento econômico

A Greenco é também responsável por essa economia, no momento em que fabrica seus produtos com material reciclável que beneficiam pessoas e natureza. Confira.