O metano é um gás perigoso que deve ser controlado com maior eficiência!
O metano é associado a outros poluentes tóxicos como benzeno, formaldeído e etilbenzeno.
Além dos males ao meio ambiente e ao clima, o excesso de metano no ar pode causar problemas importantes na saúde das pessoas. Principalmente aquelas que trabalham diretamente em operações petrolíferas e gás.
Um novo estudo detectou que, anualmente, as empresas de combustíveis fósseis vazam ou ventilam, deliberadamente, cerca de 13 milhões de toneladas métricas de metano na atmosfera. Quantidade que representa 60% mais do que foi estimado pela Environmental Protection Agency (EPA).
Resumindo: a produção de petróleo, gás e carvão são as maiores fontes industriais de emissões de metano. Ou seja, se houver cortes drásticos na liberação do metano industrial, a mudança climática poderá ser, efetivamente, controlada!
Vários cientistas já estão na busca de alternativas, visando reduzir e controlar as emissões do metano. Uma delas, seria uma fiscalização mais rígida e punitiva com relação aos vazamentos nas infra-estruturas de combustíveis fósseis. Outra alternativa seria a conversão química do “metano atmosférico” em algo menos nocivo.
Satélites para monitorar os vazamentos
Na detecção de vazamentos de metano, os satélites são excelentes caçadores de poluição!
Os satélites são altamente recomendáveis na detecção de vazamentos, porque ao reunir dados da sua localização e amplitude, identificam as zonas mais nevrálgicas do planeta, em termos de saturação de metano.
Os satélites governamentais que estão em órbita só conseguem detectar plumas de metano grandes, porque possuem baixa resolução espacial. O ideal é detalhar melhor o tamanho do estrago.
Uma empresa privada chamada GHGSat vende medições, via satélite, das emissões de metano. As indústrias de petróleo e gás são seus maiores clientes. Além dos dados serem de propriedade exclusiva, o alto custo impede que o serviço seja mais amplo.
Portanto, é vital rever o alto custo do monitoramento de metano por satélites pelo setor privado.
A parceria público-privado poderá ser a saída para reduzir os gastoso de monitoramento via satélite!
A Carbon Mapper, empresa que localiza e quantifica, via satélite, todas as emissões de metano e CO2, firmou uma parceria público-privada com clientes, sem ser das empresas de gás e petróleo.
O monitoramente irá começar a partir de 2023, começando com dois satélites, expandindo para 10 em 2025.
Uma alternativa mais em conta para detectar a saturação de metano no planeta seria a imediata substituição de equipamentos defeituosos, além do conserto de vazamentos em dutos imediatamente após detectados
Outras fontes naturais de metano
Fontes naturais de metano são as zonas úmidas, como no fundo dos oceanos
Nas regiões mais úmidas do planeta, existem bactérias que se alimentam de carbono orgânico para depois emitir o gás. Ou seja, seria uma forma biológica de emissão de metano na atmosfera. Mas não só as bactérias são culpadas.
Os humanos e os animais também emitem metano!
Além da indústria de combustíveis fósseis, a agricultura também tem sua parcela de culpa, bem como a gestão de resíduos e outras atividades afins se encarregam de fechar esse círculo vicioso.
Cerca de 60% das emissões de metano são provenientes de fontes humanas e animais.
Parece piada, mas os arrotos e os puns do gado são grandes responsáveis pela emissão de metano!
Para Euan Nisbet, um cientista da Royal Holloway, Universidade de Londres, "o gado e outros ruminantes são verdadeiros 'pântanos ambulantes' porque as bactérias que vivem em suas entranhas produzem metano na medida que digerem alimentos. Uma solução simples para reduzir essas emissões, seria alterar a alimentação do gado."
Um aditivo chamado Bovaer® pode ajudar na redução do metano na agricultura!
Com apenas um quarto de colher de chá desse produto, diariamente na ração de vacas e de outros ruminantes, como ovelhas e cabras, é possível suprimir a enzima que ativa a produção de metano no estômago desses animais e, então, reduzir a emissão entérica do gás em aproximadamente 30%.
"O efeito é instantâneo, e o produto é decomposto com segurança no sistema digestivo do animal, contribuindo para uma redução imediata da pegada ambiental de carne, leite e produtos lácteos. Se o uso do aditivo for interrompido, a produção total de metano é retomada e não há efeitos duradouros no organismo para algo mais leve e fora dos padrões. para que a produção de metano reduzisse.”, segundo um técnico da empresa produtora do aditivo.
Alternativas existem e podem ser aplicadas com sucesso. Isso, claro, se forem eliminadas as barreiras da ideologia e dos oportunismos.