Jardins de chuva: ideia sustentável que salva comunidades e o meio ambiente!

Os jardins de chuva são pequenos jardins rebaixados, projetados para reter água da chuva que desce dos telhados, pisos e vias. Outra vantagem desse sistema, é a utilização da atividade biológica de plantas e microrganismos na remoção para dos poluentes das águas pluviais.

Os jardins de chuva podem ser utilizados, tanto no meio urbano (vias públicas e calçadas), quanto residencial (acolhendo a água de telhados, pátios e passeios)!

Em outras palavras, os jardins de chuva são canteiros com plantas, projetados com o rebaixamento do solo, a fim de coletar as águas pluviais através de aberturas delimitadas em seu contorno. 

Numa cidade que esconde no seu subsolo, parte de seus rios e córregos, a construção de jardins de chuva pode ser uma excelente e barata solução no que diz respeito à drenagem sustentável.

A migração desordenada da população do campo, aumentou muito o risco de alagamentos ou enchentes nos grandes centros. As consequências poderiam ser evitáveis se forem encontradas soluções efetivas para conter o enorme volume de água durante o período de chuvas. 

Toda cidade - grande ou pequena - possui pontos de alagamento ou desníveis acentuados que favorecem o acúmulo de excessos ao formar poças que se infiltram gradualmente no solo, cujos resultados todos conhecem.

Os jardins de chuva podem resolver o problema das cidades!

Assim, a construção massiva de jardins de chuva, é urgente, sobretudo em locais passíveis de inundações frequentes, aprimorando as práticas de manejo das águas pluviais urbanas. Se forem bem projetados, eles podem proporcionar importantes mudanças na dinâmica do sistema de drenagem, como o aumento do volume e da velocidade do escoamento das águas de chuvas torrenciais.

Os jardins de chuva permitem o manejo das águas pluviais no meio urbano, com benefícios ambientais, ecológicos, paisagísticos e econômicos! 

Além do mais, o substrato formado pelos jardins de chuva, melhora a qualidade da água de escoamento e auxilia o desenvolvimento de árvores e outras plantas. 

As plantas nativas dispensam o uso de insumos externos e colaboram na remoção de poluentes, além de poder oferecer alimento e habitat para pássaros, borboletas e outros polinizadores.

Quando não existem jardins de chuva:

  • O escoamento das águas pluviométricas, depois de inundações, passam a conter 70% da poluição que flui para os lagos, lagoas, rios e córregos.
  • As estradas, estacionamentos, calçadas pavimentadas e superfícies seladas passam a cumular excesso de óleo e de outros contaminantes
  • Os pesticidas e tratamentos de gramado aumentam sua concentração de nitrogênio e fósforo
  • As ruas e passeios ficam infestados de dejetos de animais e do lixo não recolhido ou fora das latas.

Jardins de chuva também podem ser empregados em casa!

10 dicas para criar um jardim de chuva em sua casa:

Se o seu quintal fica bem alagado na época de temporais, um jardim de chuva doméstico será uma boa para evitar a saturação excessiva por causa do escoamento. Veja o que pode ser feito:

  1. Ache um local apropriado e cave uma pequena depressão para enchê-la de adubo e acrescentar as novas plantas. 
  2. Determine a inclinação do solo usando uma longa tábua de madeira plana e um nível, analise a inclinação do espaço projetado. 
  3. Analise e prepare o solo, escavando e remexendo a terra.
  4. Tire as ervas daninhas e coloque folhas secas na superfície de forma rotineira para manter o solo saudável. 
  5. Teste a infiltração do solo para saber se o local aceita água (terrenos argilosos, por exemplo, são mais difíceis).
  6. Entenda a rota da água, mapeando de onde vem e para onde escorre.
  7. Escolha o tipo de planta, se comestíveis ou não, de preferência as que exigem pouca umidade.
  8. Busque plantas que se adaptem às condições de solo, insolação e clima do local. 
  9. Plante espaçadamente para as espécies se expandirem
  10. Cubra o solo com folhas secas que servirão de adubo. 

Escolhendo a planta de um jardim de chuva: 

  • Plantas de todos os tipos e tamanhos ajudam a gerenciar a água da tempestade, por isso é uma boa ideia plantar uma boa variedade de espécies!

  • Árvores e arbustos grandes ajudam a desviar as chuvas, reduzindo o volume antes de atingir o solo.

  • Gramíneas altas agem como filtros ao sugar a água, retendo os poluentes e impedindo que o lodo seja levado para lagoas ou rios.

  • Plantas mais curtas, se bem enraizadas, protegem o solo e direcionam água para o subsolo. 

Pronto. Agora, acrescente pedras decorativas para evitar que a chuva leve as plantas menores e voilá! Você acaba de fazer um bem não só para o meio ambiente, como para você e sua comunidade. Quando as autoridades se omitem, o jeito é, dentro das possibilidades, fazer você mesmo o trabalho! 

A Greenco apoia esse tipo de iniciativa que faz bem para todos e vai refletir positivamente nas futuras gerações. Aproveite e consulte as promoções que respeitam você e a natureza!