Isopor, produto útil, mas ainda perigoso para todos!

Todos conhecem os benefícios do isopor como poderoso conservante de alimentos, remédios e outros produtos, além de ser leve e maleável. Sua invenção foi uma revolução mundial. O problema é que, assim como o plástico, trata-se de um poluente que provoca altos impactos na natureza. 

O nome técnico do isopor é  “poliestireno expandido” ou EPS (Expanded PolyStyrene). 

O isopor é um produto sintético que vem do petróleo. É composto de 98% de ar e 2% de plástico. Trata-se do resultado da fusão das moléculas dessas substâncias que são preenchidas com ar.

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) não vê o isopor com bons olhos, porque além de ser um poluente de difícil degradação, faz mal à saúde das pessoas.

A agência descobriu que a exposição permanente ao poliestireno - que libera gases tóxicos - causa dores de cabeça, perda auditiva e problemas neurológicos. 

Em outras palavras, na fabricação do isopor, são liberados mais de 50 subprodutos químicos, contaminando o ar, a água e, para aumentar o dano, as comunidades próximas às fábricas.

Assim como o plástico, a fauna marinha sofre com o isopor descartado. Peixes, tartarugas, baleias e golfinhos confundem microplásticos e pequenos pedaços de isopor com alimentos. Por isso, quem consome esses animais marinhos, também correr o risco de intoxicação. 

Segundo Douglas McCauley, professor de Biologia Marinha da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, os dois tipos de poluição causados pelo isopor que impactam a fauna marinha, são: 

  1. Mecânico: mais fácil de ser localizado. A espuma de isopor vai direto para o intestino de animais, que pode matá-los em pouco tempo.

  2. Químico: tem a ver com a propriedade absorvente do isopor que age como uma pequena esponja poluente, capturando todos os compostos que mais contaminam o oceano. 

A produção de isopor é cara, mas o custo-benefício compensa para fabricantes, vendedores e consumidores

Um pouco da história do isopor 

O isopor foi inventado em 1941, pela Dow Chemical (EUA). Para sua confecção, são necessárias pequenas quantidades do polímero poliestireno que são misturadas com produtos químicos aquecidos. Após o resfriamento, o produto pode ser expandido em até 50 vezes o seu tamanho original. 

Após a moldagem do produto, ele passa por um novo processo de expansão que visa "derreter" ainda mais as esferas (contas), para que não haja vazamento, para que sua função isolante seja perfeita.

A massa resultante deste processo é colocada em moldes para:

  • vedação para fins de som
  • decoração em geral
  • fôrmas para copos e bandejas
  • rodapés
  • perfis para construção
  • solas plásticas para calçados
  • massa para concreto leve
  • pranchas e pranchetas
  • cabides, vasos, réguas, entre outros.

Contudo, já existem estabelecimentos que estão proibindo o uso do isopor!

Recentemente, foi baixado um decreto em Nova York, por exemplo, proibindo hotéis, restaurantes, lanchonetes e empresas do uso de isopor (assim como já acontece com o plástico). Ou seja, quem vender, oferecer embalagens, copos ou pratos feitos de isopor, será multado. 

Por que o isopor passou a ser considerado como prejudicial ao meio ambiente?

Quando se trata de saber quanto tempo leva para decompor o isopor, a maior parte do poliestireno que acaba em aterros, pode levar de 500 a 1 milhão de anos para se decompor.

Reciclagem: um processo caro, mas necessário

    Assim como o plástico, o isopor pode ser reciclado!

    De acordo com vários estudos, anualmente, são consumidos cerca de 2,5 milhões de toneladas de isopor em todo o mundo. No Brasil, o consumo é de 36,6 mil toneladas, cerca de 1,5% do total.

    Desse modo, a reciclagem do isopor é importante, ainda que cara.

    Além do alto custo, o isopor reciclado não tem boa saída para os catadores, pois nem sempre o produto é aceito nas cooperativas de molduras, rodapés e perfis para construção civil, solados plásticos para calçados, insumos para concreto leve, pranchetas, cabides, vasos, réguas, dentre outros. 

    Apesar de tudo, essa necessidade de reciclar o isopor, em vez de descartá-lo na natureza, é imperativa.

    3 métodos de reciclagem do isopor:

    1 - RECICLAGEM MECÂNICA 

    Após separado e limpo, o produto passa por um processo para a retirada de gás, restando apenas os flocos. Depois de derretido e granulado, ele volta a ser matéria prima para ser usada na fabricação de variados tipos de produtos.

    2 - RECICLAGEM ENERGÉTICA 

    Este método usa o isopor para a recuperação de energia, já que o material possui alto poder calorífico.

    3 - RECICLAGEM QUÍMICA 

    Quando o isopor é reutilizado para a fabricação de óleos e gases.

    O resultado final é que o isopor, se empregado conscientemente, pode ser um bom negócio para todos. Use-o até seu desgaste total e recicle-o imediatamente. Caso contrário, você poderá prejudicar a natureza, os animais, outras pessoas e, é claro, a si mesmo!

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