Fábrica viva produzindo nano-organismos para ajudar a natureza!

São muitas as ideias que surgem para ajudar o meio ambiente. Umas emplacam. Outras não. A fábrica viva que produz nano-organismos para diversos propósitos é uma ideia que vem dando certo! Conheça esses seres microscópicos e suas missões incríveis para salvar a natureza!

Nanotecnologia funciona também no combate contra as pragas que destroem as plantações

A nanotecnologia fornece, ainda, propriedades físico-químicas e mecânicas únicas para diversas funcionalidades biomoleculares. 

Uma das mais promissoras atividades da fábrica viva, é a produção de nano-organismos que se alimentam de dióxido de carbono (CO2) e do nitrogênio da atmosfera!

Essas bactérias que ingerem CO2, certamente, serão decisivas na redução da pegada de carbono! 

Além da produção de nano-híbridos que "sequestram" dióxido de carbono, a fábrica viva é responsável pela adoção da “química verde”.

Os 3 objetivos da "Química Verde":

  1. Permitir o uso de fontes renováveis ou recicladas de matéria-prima;

  2. Possibilitar o aumento da eficiência de energia, isto é, a utilização de menos energia para produzir a mesma ou a maior quantidade de um determinado produto;

  3. Controlar ou eliminar o uso de agrotóxicos, pesticidas e herbicidas, no combate das pragas que destroem plantações diversas. 

Como funciona a fábrica viva

A fábrica viva, independente da produção,  utiliza pontos quânticos, também conhecidos como "semicondutores inorgânicos".

Esses semicondutores energizam as enzimas dentro de bactérias, em técnica semelhante à dos semicondutores usados como píxeis de TVs. 

Quando são injetados nas bactérias, os pontos quânticos se fixam nas enzimas desejadas.

Em outras palavras, função essa função se assemelha à vela de ignição. Ou seja, ela aciona as enzimas dentro das células bacterianas que cumprem a sua programação, estabelecida. na configuração inicial. 

Essas enzimas possuem meios próprios para converter CO2 e nitrogênio, mas não o fazem, por falta de fotossíntese. Assim, a ignição permitirá que o processo de hibridização seja executado com sucesso.

O nano-organismo que se alimenta de dióxido de carbono, foi possível a partir da alteração do mapa genético da bactéria Pyrococcus furiosus, quando foram adicionados cinco genes da bactéria subaquática, Metallosphaera sedula. Esses organismos poderão facilitar a produção de plástico biodegradável, gasolina, amônia e biodiesel.

A biofábrica de joaninhas de Belo Horizonte

A biofábrica ou fábrica viva, situada na capital mineira, produz joaninhas e crisópideos. Esse modelo já foi aprovado em Paris e em várias capitais do mundo!

O objetivo é utilizar joaninhas e outros insetos geneticamente criados, no combate natural de pragas que infestam hortas, jardins, pomares e arborizações. Essa é uma estratégia natural e eficiente que elimina o uso de herbicidas! 

As joaninhas são insetos predadores que se alimentam de pulgões, moscas da fruta e dos piolhos de folha. Os crisopídeos, são outros insetos que fazem companhia às joaninhas nessa guerra sem trégua!

Assim, como as joaninhas, eles devoram pragas, como os afídeos, lagartas, ácaros, cochonilhas, moscas-brancas e pulgões.

*Por Marco Aurélio Gomes Veado: PENSE MAIS VERDE