Dessalinização vai acabar com a escassez de água doce no mundo!

Já pensou quantas pessoas poderiam se beneficiar se houvesse abundância de água doce ou potável no mundo inteiro? Novos métodos de dessalinização vão permitir que isso aconteça. O processo já é comum em muitos países, mas poderá ser expandido com custos mais baixos e menos impactos ambientais. Continue lendo.

A abundância de água doce implica quantidades suficientes não só para o consumo doméstico, mas também para processos comerciais e industriais. 

A escassez de água doce no mundo tende a aumentar, na medida que sua população cresce em ritmo exponencial. Por isso, criar novas técnicas de dessalinização a um custo mais baixo do que o atual e com menos danos ao meio ambiente marinho, é primordial. Dos 71% de superfície da Terra, 97,4% são de água salgada e apenas 2,6% de água doce.

O que é dessalinização?

Tecnicamente falando, dessalinização é uma técnica que permite retirar o excesso de sais minerais, micro-organismos e outras partículas sólidas da água salgada ou salobra, com a finalidade de obter água potável ou doce para o consumo.

Os 4 métodos de dessalinização:

  1. Osmose Reversa: processo de separação de substâncias através de uma membrana que retém o soluto. A água atravessa uma membrana semipermeável, dotada de poros microscópicos, responsáveis por reter os sais, os microorganismos e outras impurezas. Assim, o líquido se separa da solução salgada, se tornando água pura. 
  2. Destilação Multiestágios: nesse método, utiliza-se vapor em alta temperatura para fazer com que a água do mar entre em ebulição. A própria água do mar é usada como condensador da água que é evaporada. Isso garante um elevado grau de pureza. 
  3. Congelamento: como a água do mar é salobra, o seu congelamento/descongelamento produz gelo puro, sem sal. Como o método ainda está em testes, existem propostas para a exploração das calotas polares (onde está boa parte da água doce do planeta) para obtenção de água pura em larga escala. 
  4. Dessalinização Térmica: a técnica mais empregada é chamada "destilação solar" - utilizada em lugares quentes - a partir da construção de grandes tanques cobertos com vidro ou outro material transparente. A luz solar atravessa o vidro e a água do líquido bruto evapora, transformando-se em água doce. Em lugares frios, a dessalinização por energia solar é a opção mais adotada, por ser barata e sustentável, já que não consome recursos como petróleo e o carvão. 

energia solar pode substituir as outras técnicas de dessalinização, por caus ado custo baixo, conforme sugeriu um comunicado da Universidade Monash de Melbourne, Austrália.  

Dessalinização por solvente

Engenheiros da Universidade de Colúmbia, nos EUA, desenvolveram essa nova técnica de dessalinização por solvente que consegue resolver a questão das salmouras que possuem altíssimo grau de salinidade.

A nova técnica, também conhecida como "extração por solvente com temperatura oscilante", absorve a água usando um solvente e não utiliza membranas na fase evaporativa.

"A descarga de líquido zero é a última fronteira da dessalinização," disse o professor Ngai Yip. "Evaporar e condensar a água é a prática atual desta técnica por solvente. Conseguimos alcançá-la sem ferver a água - este é um grande avanço para dessalinizar as salmouras de salinidade ultra alta, o que demonstra como nossa técnica pode ser uma tecnologia transformadora para a indústria global da água, apesar de ainda dispendiosa."

Em outras palavras, o método consiste na extração de toda a água da salmoura para o solvente, resultando na precipitação dos sais, quando toda a água é "sugada" por ele. Desse modo, os sais formam cristais sólidos e se depositam no fundo, de onde podem ser facilmente peneirados.

Outra vantagem de dessalinização por solvente

Esse proceso permite ser usado para outras salmouras de alta salinidade, como a "água de retorno", que é a água produzida durante a extração de petróleo e gás, de resíduos de usinas elétricas movidas a vapor, das descargas de instalações de carvão e de aterros sanitários.

Apesar do custo elevado (em torno de US $2,00/metro cúbico), atualmente existem 7.500 usinas de dessalinização, em regiões como:

  • Austrália
  • Aruba
  • Caribe
  • Curaçao
  • Espanha
  • Guermesey
  • Gibraltar
  • Golfo Pérsico
  • Israel
  • Malta

Nesses países são convertidos mais de 4,8 bilhões de metros cúbicos/ano de água salgada em água doce! 

Maldivas, Malta e as Bahamas satisfazem todas as suas necessidades de consumo de água potável, exclusivamente, por meio da dessalinização.

O lado preocupante da dessalinização

A dessalinização pode provocar danos à vida marinha, pois os subprodutos gerados pela dessalinização deixam a água do mar mais salobra e, portanto mais tóxica.

Ou seja, para cada litro de água potável produzido, gera-se em torno de 1,5 litro de líquidos poluídos com cloro e cobre. Quando bombeada de volta para o oceano, essa água salobra tóxica diminui o volume de oxigênio na água e tem impacto nos organismos ao longo da cadeia alimentar.

Transformar a água dos oceanos em água potável, desde que não haja desequilíbrio no ecossistema marinho, é o grande lance do momento!

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